Minhas piores noites

Não sei o que eu tenho, mas sei que não tem sido bom. Minhas noites mal dormidas estão resultando em dias mal administrados, já não consigo entender o que é real eo que é imaginário. Estou achando que é virose, até por que tudo é virose para os médicos de hoje em dia. Mas estas noites são belas se comparadas a minha lista de piores noites.

A minha primeira pior noite, que se não me engano aconteceu a quatro (ou cinco) anos atrás, foi aterrorizante. Aconteceu que meu irmão mais novo – Samuel – estava doente e no meio da noite teve uma convulsão, que não é nada mais do que um ataque epiléptico. Lembro que eu nunca me senti tão inútil em não poder fazer nada por quem mais amava no mundo.

A minha segundo pior noite foi no ano passado, exatamente no dia do meu aniversario. Eu nunca me dei bem com datas comemorativas então já não é novidade que uma das piores tenha sido em um aniversario. Dessa noite eu não gosto de lembrar muito, mas ela não foi só eu quem achou ruim.

A terceira já faz oito anos, foi quando por acidente a minha irmã mais velha caiu da traseira da caminhonete enquanto minha mãe brincava no volante. Minha irmã já esta bem, mais foi uma noite bem difícil.

Quarta noite também foi a exatos oito aos quando minha mãe foi dar a luz ao meu pequeno Samuel. Tive medo de que ela não voltasse, e me prometi acabar com ele se perdesse minha mãe.

Vou tentar encarar essas noites de gripe com mais facilidade.